Na semana passada (24° Domingo do Tempo Comum), Jesus nos disse quantas vezes devemos perdoar: até setenta vezes sete.
No 25° Domingo do Tempo Comum Jesus nos conta a parábola dos trabalhadores que recebem o mesmo pagamento.
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos trabalhadores, que receberam igual, mesmo trabalhando menos horas. Na primeira leitura, o Senhor nos diz: ‘Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos’.
Na segunda leitura, Paulo nos diz: ‘o viver é Cristo e o morrer é lucro’.
Neste domingo, somos convidados a viver pelos pensamentos e justiça de Deus.
Leituras
Primeira Leitura (Is 55,6-9)
Leitura do Livro do profeta Isaías
Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra.
Segunda Leitura (Fl 1,20c-24.27a)
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso, neste caso, não sei o que escolher. Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de partir, para estar com Cristo - o que para mim seria de longe o melhor - mas para vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. Só uma coisa importa: vivei à altura do Evangelho de Cristo.
Evangelho (Mt 20,1-16a)
Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 'O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: 'Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo'. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: `Por que estais aí o dia inteiro desocupados?' Eles responderam: `Porque ninguém nos contratou'. O patrão lhes disse: `Ide vós também para a minha vinha'. Quando chegou à tarde, o patrão disse ao administrador: `Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!' Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: `Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro'. Então o patrão disse a um deles: `Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?' Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.'
Palavras do Papa
Na realidade, esta “injustiça” do senhor serve para provocar, em quantos ouvem a parábola, um salto de nível, porque aqui Jesus não quer falar do problema do trabalho, nem do salário justo, mas do Reino de Deus! E a mensagem é esta: no Reino de Deus não existem desempregados, todos são chamados a desempenhar a sua parte; e no final haverá para todos a recompensa que deriva da justiça divina — não humana, por sorte! — ou seja, a salvação que Jesus Cristo nos conquistou com a sua morte e Ressurreição. Uma salvação que não é merecida, mas concedida — a salvação é gratuita. Ele é misericordioso, perdoa amplamente. (ANGELUS, 24 de setembro de 2017)