47ª Semana - 23 de Novembro de 2025 - Jesus Cristo, Rei do Universo - Liturgia Diária
- missariobrasil
- 17 de nov.
- 4 min de leitura
Na semana passada (33° Domingo do Tempo Coum), Jesus disse “Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça”.
Hoje, o malfeitor crucificado diz: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado.” Jesus responde: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus, mesmo na cruz, é reconhecido como Rei, prometendo o Paraíso ao ladrão arrependido. Na Primeira Leitura, Davi é ungido rei, uma liderança segundo a vontade de Deus.
Na Segunda Leitura, Paulo exalta Cristo como a imagem do Deus invisível, por quem tudo foi criado e reconciliado.
Neste fim de ano litúrgico, somos convidados a reconhecer o reinado de Cristo, que governa não pela força, mas pelo amor. Neste ano, como foi o nosso caminho até o reino de Cristo? Resistimos à tentação de descer na nossa cruz? Apoiamos os irmãos neste caminho de fé e sacrifício?
Leituras
Primeira Leitura (2Sm 5,1-3) - Leitura do Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias, Todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. Tempo atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. E o Senhor te disse: ‘Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o seu chefe’”. Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até ao rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel.
Salmo Responsorial - Sl 121(122), 1-2.4-5 (R. cf. 1) - Vamos à Casa do Senhor
O Salmo 121(122) expressa a alegria da peregrinação à casa do Senhor, refletindo nosso anseio e preparação espiritual para o encontro definitivo com Deus, em sua Jerusalém celestial.
Refrão (cf. 1): Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!
Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. R.
Para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi. R.
Segunda Leitura (Cl 1,12-20) - Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Com alegria dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de participar da luz, que é a herança dos santos. Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, por quem temos a redenção, o perdão dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.
Evangelho (Lc 23,35-43)
Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!” Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus.” Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado.” Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Palavras do Papa
A solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo coroa o ano litúrgico (...). Está na cruz, onde parece mais um vencido do que um vencedor. A sua realeza é paradoxal: o seu trono é a cruz; a sua coroa é de espinhos; não tem um cetro, mas põem-Lhe uma cana na mão; não usa vestidos sumptuosos, mas é privado da própria túnica; não tem anéis brilhantes nos dedos, mas as mãos trespassadas pelos pregos; não possui um tesouro, mas é vendido por trinta moedas. Verdadeiramente não é deste mundo o reino de Jesus, mas (...) o seu domínio de amor transforma o pecado em graça, a morte em ressurreição, o medo em confiança. (...)
Além de Jesus, aparecem três tipos de figuras: o povo que olha, o grupo que está aos pés da cruz e um malfeitor crucificado. (...)
O mesmo povo que, levado pelas próprias necessidades, se aglomerava à volta de Jesus e, agora, se mantém à distância. Vendo certas circunstâncias da vida (...) podemos também nós ser tentados a manter a distância da realeza de Jesus. (...) Mas o povo santo, que tem Jesus como Rei, é chamado a seguir o seu caminho de amor concreto. (...)
Temos depois um segundo grupo (...) dirigindo-Lhe a mesma provocação: «Salve-Se a Si mesmo». (...) Aqui tentam Jesus, como fez o diabo ao início do Evangelho (cf. Lc 4, 1-13), para que renuncie a reinar à maneira de Deus e o faça segundo a lógica do mundo: desça da cruz e derrote os inimigos! (...) É a tentação mais terrível; a primeira e a última do Evangelho. Entretanto, Jesus (...) não fala, não reage. Não Se defende, não tenta convencer. (...) Mas antes continua a amar, perdoa. (...) Quantas vezes nos sentimos tentados a descer da cruz! (...)
No Evangelho, aparece outro personagem, (...) o malfeitor que O invoca. (...) Com a simples contemplação de Jesus, ele acreditou no seu Reino. E não se fechou em si mesmo, mas, com os seus erros, os seus pecados e os seus problemas, dirigiu-se a Jesus. Pediu para ser lembrado, e saboreou a misericórdia de Deus: «Hoje estarás comigo no Paraíso». (...) Com efeito, embora se feche a Porta Santa, continua sempre escancarada para nós a verdadeira porta da misericórdia que é o Coração de Cristo. (...) Prossigamos, juntos, este nosso caminho. (Homilia Praça São Pedro, 20 de novembro de 2016)








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