Na semana passada (15° Domingo do Tempo Comum), vimos a importância das parábolas e Jesus contando a do ‘semeador’.
No 16° Domingo do Tempo Comum vemos Jesus nos contando a parábola do Joio e do Trigo.
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus nos conta a parábola do Joio do trigo e algumas outras. Na primeira leitura, no livro da sabedoria vemos que Deus é onipotente, porém misericordioso.
Na segunda leitura, Paulo diz que não sabemos o que pedir, nem como pedir. Porém o Espírito enxerga o íntimo dos nossos corações.
Neste domingo, somos lembrados que Deus quer o nosso bem, e que se aceitarmos a sua palavra, colheremos os frutos.
Leituras
Primeira Leitura (Sb 12,13.16-19)
Leitura do Livro da Sabedoria
Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto. A tua força é princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente. Mostras a tua força a quem não crê na perfeição do teu poder; e nos que te conhecem, castigas o seu atrevimento. No entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração: pois quando quiseres, está ao teu alcance fazer uso do teu poder. Assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores.
Segunda Leitura (Rm 8,26-27)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: Também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos Santos.
Evangelho (Mt 13,24-43)
Naquele tempo, Jesus contou outra parábola à multidão: 'O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: `Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?' O dono respondeu: `Foi algum inimigo que fez isso'. Os empregados lhe perguntaram: `Queres que vamos arrancar o joio?' O dono respondeu: Não! pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!'' Jesus contou-lhes outra parábola: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.' Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'. Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: 'Explica-nos a parábola do joio!' Jesus respondeu: Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.'
Palavras do Papa
Podemos ser confiantes, porque a Palavra de Deus é palavra criadora, destinada a tornar-se «o grão abundante na espiga». Esta Palavra, se for aceita, certamente dará os seus frutos, porque o próprio Deus a faz germinar e maturar através de veredas que nem sempre podemos verificar e de um modo que nós não sabemos. Tudo isto faz compreender que é sempre Deus, é sempre Deus quem faz crescer o seu Reino — por isso rezamos tanto para que «venha a nós o vosso Reino» — é Ele quem o faz crescer, o homem é seu humilde colaborador, que contempla e rejubila pela criadora ação divina e aguarda paciente os seus frutos. (Angelus 14 de junho de 2015)