32ª Semana - 10 de Agosto de 2025 - 19° Domingo do Tempo Comum - Liturgia Diária
- missariobrasil
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Na semana passada (18° Domingo), Jesus disse: “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.
No 19° Domingo do Tempo Comum, Jesus diz: “Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar”.

O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus ensina sobre a vigilância e a prontidão para a espera do Seu retorno. A Primeira Leitura lembra que o povo judeu esperou com fé pela promessa, que se cumpriu na noite da libertação do Egito.
Na Segunda Leitura, Paulo fala da fé como fundamento da esperança e do testemunho dos antepassados.
Neste domingo, somos chamados a uma vigilância ativa. Alimentada pela nossa fé e esperança na promessa do retorno de Cristo.
Leituras
Primeira Leitura (Sb 18,6-9) - Leitura do Livro da Sabedoria
A noite da libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos. Ela foi esperada por teu povo, como salvação para os justos e como perdição para os inimigos. Com efeito, aquilo com que puniste nossos adversários, serviu também para glorificar-nos, chamando-nos a ti. Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e, de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isto, enquanto entoavam antecipadamente os cânticos de seus pais.
Salmo Responsorial - Sl 32(33), 1.12.18-19.20.22 (R. 12b) - O Senhor da Criação e da História
O Salmo 32(33) celebra a providência e a fidelidade de Deus para com os que o temem e esperam em sua misericórdia.
Refrão (12b): Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
Ó justos, alegrai-vos no Senhor! aos retos fica bem glorificá-lo. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor e a nação que escolheu por sua herança! R.
Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! R.
Segunda Leitura (Hb 11,1-2.8-19) - Leitura da Carta aos Hebreus
Irmãos: A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia. Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os coerdeiros da mesma promessa. Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor. Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”. Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho - o que é também um símbolo.
Evangelho (Lc 12,32-48)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”
Palavras do Papa
“Não tenhais medo” e “estai prontos”. Tratam-se de duas palavras-chave para vencer os receios que às vezes nos paralisam e para superar a tentação de uma vida passiva e adormecida. (...)
Não ter medo. (...) Com efeito, às vezes sentimo-nos presos num sentimento de desconfiança e angústia: é o medo de falhar, (...) de nunca ser feliz. (...) Então lutamos, (...) para acumular bens e riquezas, para alcançar seguranças; e como acabamos? Acabamos por viver na ansiedade e na preocupação constante. Jesus, ao contrário, tranquiliza-nos: não tenhais medo! Confiai no Pai, que (...) já vos ofereceu o seu Filho, o seu Reino, e acompanha-vos sempre com a sua providência. (...) Mas saber que o Senhor vela sobre nós com amor não nos dá o direito de dormir, de se deixar levar pela preguiça! (...) «Estai prontos». É o segundo convite de hoje. É sabedoria cristã. Jesus repete este convite várias vezes. (...) Em todas, a mensagem é a seguinte: é preciso permanecer acordado, não adormecer, ou seja, não se distrair, não ceder à preguiça interior, pois até em situações em que não o esperamos, o Senhor vem. (...) Irmãos e irmãs, (...) Santo Agostinho dizia: “Tenho medo que o Senhor passe e eu não o veja”; adormecer e não ver que o Senhor passa. Permanecei acordados! (Angelus, 7 de agosto de 2022)