49ª Semana - 7 de Dezembro de 2025 - 2° Domingo do Advento - Liturgia Diária
- missariobrasil
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Na semana passada (1° Domingo do Advento), o Advento se iniciou com um convite de Jesus à vigilância.
No 2º Domingo do Advento, João Batista prega no deserto da Judéia: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.

O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Batista diz: “Produzi frutos que provem a vossa conversão”. Na Primeira Leitura, Isaías profetiza a paz e justiça do reino do Messias.
Na Segunda Leitura, Paulo destaca a perseverança e a unidade entre os fiéis, inspirados pelo modo que Cristo nos acolheu.
Neste domingo, somos encorajados a demonstrar uma conversão verdadeira em preparação para a vinda de Jesus. Quais frutos estão no nosso coração? Você já se confessou nesse Advento?
Leituras
Primeira Leitura (Is 11,1-10) - Leitura do Livro do Profeta Isaías
Naqueles dias, nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; no temor do Senhor encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha como o boi; a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.
Salmo Responsorial - Sl 71(72), 1-2.7-8.12-13.17 (R. cf. 7) - O Rei Segundo o Coração de Deus
O Salmo 71(72) antecipa um tempo de justiça e paz sob o reinado de um rei justo, simbolizando a esperança messiânica.
Refrão (cf. 7): Nos seus dias a justiça florirá.
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres. R.
Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra! R.
Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará. R.
Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor! R.
Segunda Leitura (Rm 15,4-9) - Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos, tudo o que outrora foi escrito, foi escrito para nossa instrução, para que, pela nossa constância e pelo conforto espiritual das Escrituras, tenhamos firme esperança. O Deus que dá constância e conforto vos dê a graça da harmonia e concórdia, uns com os outros, como ensina Cristo Jesus. Assim, tendo como que um só coração e a uma só voz, glorificareis o Deus e Pai do Senhor nosso, Jesus Cristo. Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus. Pois eu digo: Cristo tornou-se servo dos que praticam a circuncisão, para honrar a veracidade de Deus, confirmando as promessas feitas aos pais. Quanto aos pagãos, eles glorificam a Deus, em razão da sua misericórdia, como está escrito: “Por isso, eu vos glorificarei entre os pagãos e cantarei louvores ao vosso nome’’.
Evangelho (Mt 3,1-12)
Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!” João usava uma roupa feita de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins; comia gafanhotos e mel do campo. Os moradores de Jerusalém, de toda a Judéia e de todos os lugares em volta do rio Jordão vinham ao encontro de João. Confessavam os seus pecados e João os batizava no rio Jordão. Quando viu muitos fariseus e saduceus vindo para o Batismo, João disse-lhes: “Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que vai chegar? Produzi frutos que provem a vossa conversão. Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é nosso pai’, porque eu vos digo: até mesmo destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão. O machado já está na raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo. Eu vos batizo com água para a conversão, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de carregar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele está com a pá na mão; ele vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará num fogo que não se apaga”.
Palavras do Papa
O Evangelho da Liturgia apresenta-nos a figura de João Batista. (...) Ele pregou a proximidade do Reino. Em suma, um homem austero e radical, que à primeira vista pode parecer um pouco duro e incutir algum temor. Mas, então perguntemo-nos: por que a Igreja o propõe todos os anos como o principal companheiro de viagem durante este tempo de Advento? (...) Qual é o segredo de João? (...)
Na realidade, o Batista, mais do que um homem duro, é um homem alérgico à duplicidade. Por exemplo, quando fariseus e saduceus, conhecidos pela sua hipocrisia, se aproximam dele, a sua “reação alérgica” é muito forte! (...) Por isso, João diz-lhes: «Produzi frutos dignos de arrependimento!» É um grito de amor, como o de um pai que vê o filho arruinado e lhe diz: “Não jogues fora a tua vida!” (...) A hipocrisia é o maior perigo, porque pode arruinar também as realidades mais sagradas. (...) É por isso que o Batista - como depois também Jesus - é duro com os hipócritas. (...) Para os despertar. (...)
Não somos por vezes também um pouco como aqueles fariseus? Talvez olhemos para os outros de cima para baixo. (...) O Advento é um tempo de graça para tirar as nossas máscaras - cada um de nós as tem - e pôr-se na fila com os humildes, (...) para irmos confessar os nossos pecados, os escondidos, e receber o perdão de Deus, para pedirmos desculpa a quantos ofendemos. Começa assim uma nova vida. E o caminho é apenas um, o da humildade. (...) E lembremo-nos de mais uma coisa: com Jesus há sempre uma oportunidade de recomeçar. (...) Tende coragem, Ele está próximo de nós e este é um tempo de conversão. (Angelus, 4 de dezembro de 2022)




