Na semana passada (4º Domingo da Páscoa), Jesus disse: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.

No 5º Domingo da Páscoa, Jesus diz: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei”.

O que vamos aprender nessa semana?

No Evangelho, Jesus diz: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. Na Primeira Leitura, Paulo e Barnabé encorajam os discípulos a perseverarem na fé para entrarem no reino de Deus.

Na Segunda Leitura, João vislumbra o Reino de Deus, mostrando a renovação divina: “Eis que faço novas todas as coisas”.

Neste domingo, o amor fraterno não apenas nos identifica como cristãos, mas também nos renova. Como você ajuda e encoraja os seus irmãos? Como o amor de Deus te transforma?

Leituras

Primeira Leitura (At 14,21b-27) - Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo e Barnabé, voltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.

Salmo Responsorial - Sl 144(145), 8-9.10-11.12-13ab (R. cf. 1) - O Senhor é Bom para com Todos

O Salmo 144(145) em algumas numerações) louva a Deus por seu amor e compaixão, incentivando a proclamar as maravilhas do Seu reino eterno.

Refrão (cf. 1): Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, meu Senhor e meu Rei para sempre.

Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura. R.

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! R.

Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração. R.

Segunda Leitura (Ap 21,1-5a) - Leitura do Livro do Apocalipse

Eu, João, vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido. Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”. Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”.

Evangelho (Jo 13,31-33a.34-35)

Depois que Judas saiu do cenáculo disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.

Palavras do Papa

Acabamos de ouvir algumas das palavras que Jesus confia aos seus discípulos, antes de passar deste mundo para o Pai, manifestando nelas o que significa ser cristão. (...) Este é o testamento que Cristo nos deixou, o critério fundamental para discernir se somos verdadeiramente seus discípulos ou não: o mandamento do amor. (...) O primeiro ponto: assim como Eu vos amei. E como nos amou Jesus? Até ao fim, até ao dom total de Si mesmo. (...) E é precisamente na hora da traição que Jesus confirma o amor pelos seus. (...) Irmãos e irmãs, oxalá seja sempre central, na profissão da nossa fé e nas suas expressões, este anúncio: «Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou» (1 Jo 4, 10). (...) No centro, não está a nossa capacidade, os nossos méritos, mas o amor incondicional e gratuito de Deus. (...) Enquanto o mundo quer muitas vezes convencer-nos de que só temos valor se produzirmos resultados, o Evangelho lembra-nos a verdade da vida: somos amados. (...) Ele amou-nos primeiro, esteve à nossa espera. Ama-nos e continua a amar-nos.

Esta verdade pede-nos uma conversão da ideia de santidade que frequentemente possuímos. (...) Às vezes, insistindo muito sobre o nosso esforço para praticar boas obras, criamos um ideal de santidade demasiado fundado em nós mesmos. (...) Ser discípulo de Jesus e caminhar pela via da santidade é, antes de mais nada, deixar-se transfigurar pela força do amor de Deus. (...) O amor que recebemos do Senhor é a força que transforma a nossa vida: dilata-nos o coração e predispõe-nos a amar. (...) Amar significa isto: servir e dar a vida. (...) A santidade não se faz de alguns gestos heroicos, mas de muito amor diário. (...) Os nossos companheiros de viagem, hoje canonizados, viveram assim a santidade: (...) gastaram-se pelo Evangelho, descobriram uma alegria sem par e tornaram-se reflexos luminosos do Senhor na história. (Homilia Praça São Pedro, 15 de maio de 2022)