Na semana passada (19° Domingo do Tempo Comum), vimos Jesus andar sobre o mar.
Na Assunção de Nossa Senhora (*substitui o 20° Domingo) celebramos a Assunção (Subida de Maria ao céu após sua morte).
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Maria visita Isabel, que se enche do Espírito Santo. Na primeira leitura, do apocalipse, Maria participa na vitória de Cristo.
Na segunda leitura, Paulo nos diz que Cristo reinará até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés.
Neste domingo, celebramos a Assunção (subida) de Maria aos céus.
Leituras
Primeira Leitura (Ap 11.19a; 12,1.3-6a.10ab)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João
Abriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.
Segunda Leitura (1Cor 15,20-27a)
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a Ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Com efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”.
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.
Palavras do Papa
Quando o homem pôs os pés na lua, foi dita uma frase que se tornou famosa: “Este é um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade”. Com efeito, a humanidade atingiu um marco histórico. Mas hoje, na Assunção de Maria ao Céu, celebramos uma conquista infinitamente maior. Nossa Senhora pousou os pés no paraíso: não foi só em espírito, mas também com o corpo, totalmente. Este passo da pequena Virgem de Nazaré foi o grande salto em frente da humanidade. De pouco serve ir à lua se não vivermos como irmãos na Terra. Mas que uma de nós viva no Céu com o corpo dá-nos esperança: compreendemos que somos preciosos, destinados a ressuscitar. Deus não deixará que os nossos corpos desapareçam. Com Deus nada se perderá! Em Maria o objetivo é alcançado e temos diante dos nossos olhos a razão pela qual caminhamos: não para conquistar as coisas na terra, que desaparecem, mas para conquistar a pátria celeste, que é para sempre. E Nossa Senhora é a estrela que nos guia. Ela foi a primeira. Ela, como ensina o Concílio, «brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante». (Angelus, 15 de agosto de 2020)