Na semana passada (11° Domingo do T. Comum), vimos Jesus contar parábolas, como a do grão de mostarda.
No 12° Domingo do Tempo Comum, Jesus acalma uma tempestade no mar.
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus acalma uma tempestade no mar, questionando a fé dos discípulos. Na primeira leitura, Deus fala do seu poder sobre o mar e as forças da natureza.
Na segunda leitura, Paulo fala sobre o amor de Cristo que nos transforma em novas criaturas.
Neste Domingo, refletimos como a fé em Deus nos oferece transformação e calma em meio às tempestades da vida.
Leituras
Primeira Leitura (Jó 38,1.8-11)
Leitura do Livro de Jó
O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: "Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, e disse: 'Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas?'"
Salmo Responsorial – Sl 106(107),23-26.28-31 (R. 1b) – Deus inverte as situações
O Salmo 106(107) é um cântico de agradecimento que narra várias formas de libertação divina.
Refrão (1b): Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!
Os que sulcam o alto-mar com seus navios, para ir comerciar nas grandes águas, testemunharam os prodígios do Senhor e as suas maravilhas no alto-mar. R.
Ele ordenou, e levantou-se o furacão, arremessando grandes ondas para o alto; aos céus subiam e desciam aos abismos, seus corações desfaleciam de pavor. R.
Mas gritaram ao Senhor na aflição, e ele os libertou daquela angústia. Transformou a tempestade em bonança, e as ondas do oceano se calaram. R.
Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, e ao porto desejado os conduziu. Agradeçam ao Senhor por seu amor e por suas maravilhas entre os homens! R.
Segunda Leitura (2Cor 5,14-17)
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos: O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram. De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16 Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.
Evangelho (Mc 4,35-41)
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: "Vamos para a outra margem!" Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: "Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?" Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O vento cessou e houve uma grande calmaria. Então Jesus perguntou aos discípulos: "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?"
Palavras do Papa
Muitas vezes também nós, assaltados pelas provações da vida, gritamos ao Senhor: “Por que permaneces em silêncio e não fazes nada por mim?”. Sobretudo quando temos a impressão de afundar, porque esvaece o amor ou o projeto em que tínhamos colocado grandes esperanças; ou quando estamos à mercê das ondas insistentes da ansiedade (...). Há muitos momentos em que nos sentimos numa tempestade, em que nos sentimos quase perdidos.
Nestas situações e em muitas outras, também nós nos sentimos sufocados pelo medo e, como os discípulos, corremos o risco de perder de vista o que é mais importante. Com efeito, no barco, embora durma, Jesus está presente, e partilha com os seus tudo o que acontece (...). Para ser discípulo de Jesus, não basta acreditar que Deus está presente, que existe, mas é preciso pôr-se em jogo com Ele, é necessário levantar a voz com Ele. Escutai isto: é preciso gritar com Ele. Muitas vezes a oração é um grito: “Senhor, salva-me!”. (...)
Os discípulos deixaram-se surpreender pelo medo, pois tinham fixado mais as ondas do que Jesus (...). Hoje peçamos a graça de uma fé que não se canse de procurar o Senhor, de bater à porta do seu Coração. (Angelus 13 de junho de 2021)