Na semana passada (Domingo de Pentecostes), vimos o derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos.
Na Santíssima Trindade, Jesus diz: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”.
O que vamos aprender nessa semana?
No Evangelho, Jesus diz: “ide e fazei discípulos meus todos os povos”. Na Primeira Leitura, Moisés mostra como é única a relação entre Deus e o povo de Israel.
Na Segunda Leitura, Paulo fala que o próprio Espírito Santo se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus.
Neste domingo, como podemos viver a comunhão trinitária de Deus em nossas relações diárias, refletindo o amor do Pai, a graça do Filho e a orientação do Espírito Santo?
Leituras
Primeira Leitura (Dt 4,32-34.39-40)
Leitura do Livro do Deuteronômio
Moisés falou ao povo dizendo: "Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante. Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos? Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre".
Salmo Responsorial – Sl 32(33),4-5.6.9.18-19.20.22 (R.12b) – O projeto de Deus se realizará
O Salmo 32(33) celebra a bondade e a soberania de Deus, incentivando os fiéis a confiar e alegrar-se Nele.
Refrão (12b): Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.
Reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça. R.
A palavra do Senhor criou os céus, e o sopro de seus lábios, as estrelas. Ele falou e toda a terra foi criada, ele ordenou e as coisas todas existiram. R.
Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! R.
Segunda Leitura (Rm 8,14-17)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai! O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.
Conclusão do Evangelho segundo Mateus (Mt 28,16-20)
Naquele tempo, Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. Então Jesus aproximou-se e falou: "Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo".
Palavras do Papa
A solenidade litúrgica de hoje, enquanto nos faz contemplar o mistério maravilhoso do qual nós derivamos e rumo ao qual caminhamos, renova-nos a missão de viver a comunhão com Deus e de viver a comunhão entre nós segundo o modelo da Comunhão divina. Somos chamados a viver não uns sem os outros, sobre os outros ou contra os outros, mas uns com os outros, pelos outros e nos outros. Isto significa acolher e testemunhar de modo concorde a beleza do Evangelho (...). Em síntese, foi-nos confiada a tarefa de edificar comunidades eclesiais que sejam cada vez mais família, capazes de refletir o esplendor da Trindade e de evangelizar não apenas com as palavras, mas com a força do amor de Deus que vive em nós. (Angelus 31 de maio de 2015)